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Isto NÃO é um herbário

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ISTO NÃO É UM HERBÁRIO!


Há quem considere que os capitéis dos templos e a arte funerária egípcia decorados com motivos vegetais seriam os primeiros herbários da Humanidade. Na História Antiga, destaca-se Plínio, o Velho, que colheu e registou conhecimentos populares e eruditos a que acrescentou os resultados das suas investigações. Há algumas décadas atrás, os alunos tinham de construir herbários como forma de conhecer melhor a vida das plantas. Os novos tempos, trouxeram as Apps que, em segundos, identificam e contam tudo sobre um vegetal.


Mas a nossa intenção não foi entrar na história dos herbários pela via científica nem classificatória, nem colecionar espécies em catálogo. Também não nos propusemos organizar um inventário das recolhas feitas pelos residentes dos Albergues do Porto, artistas, vizinhos e público das MIRA Galerias na horta Pátio de Miraflor, na rua e nas redondezas.


Um convite: olhar o chão que pisamos


A vida acelerada leva-nos a olhar em frente, a olhar para cima e para o lado mas raras vezes reparamos na vida que brota debaixo dos nossos pés. Ao longo dos últimos quatro anos em que desenvolvemos projetos juntos, exploramos práticas que celebram o lentificar dos gestos, o baixar dos olhos, o debruçar-nos sobre o chão e colher folhas, flores, ervas ... Juntámos e usámos esses verdes e algumas cores e fizemos magia tornando-os azuis ou estampando em panos as plantas como carimbos a criar memórias. Fizemos exercícios simples de colher, secar e apresentar em desordem, aqui nesta exposição, como testemunho do deambular e partilhar recolhas, na terra, no chão e ao mesmo tempo conversar, tecer relações entre pessoas.


Nesta apresentação, temos herbários do Arquivo EPHEMERA, e o “Grande Herbário de Sombras” de Lourdes Castro. E temos as nossas plantas secas plantadas sobre cores, as cianotipias azuis e as ecoprints produzidas com a orientação da artista Paula Roush.


“Isto Não é um herbário”, não!


“Isto não é um herbário”, é antes uma espécie de caderno de afetos, um mapa de sobrevivências vegetais e, sobretudo, humanas nas nossas contingências. Num mundo em sobressalto, respigamos o que a natureza nos proporciona, criamos e cultivamos modos de ser e estar que nos trazem alguma esperança no futuro. Esta exposição Esta exposição integra o projeto Chão, Terra e Pessoas e apresenta os trabalhos produzidos em dois workshops orientados pela artista Paula Roush: uma oficina de ecoprint e outra de cianotipia. A matéria prima foi trazida da horta Pátio de Miraflor a que se juntaram químicos amigos do ambiente e o sol. As mãos, a imaginação e a alegria por estarmos juntos - residentes e técnicas dos Albergues do Porto, artistas, vizinhos e público do MIRA - produziram as obras que se apresentam nesta casa.


Fotografias de reportagem: Andreia Ferreira, Beatriz Vital, Manuela Matos Monteiro, Paula Roush Montagem: Equipa dos Albergues do Porto e das MIRA Galerias

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