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Pare. Escute. Olhe.

Data

Como nas estações começamos apressados. Quase sem tempo. Com pressa para chegar. Mas, afinal, de onde partimos? Para onde vamos? 

Pare. Escute. Olhe. 

Paramos. Afinal, o que é a espera e a esperança?

Na busca das respostas, percorremos estações comuns a todos nós, numa linha imaginária, sem ordem, sem erro. Um comboio humano que, parava, avançava, parava até chegar ao destino partilhado: a Esperança.

Escutamos. As partidas são distintas. Há quem parta dos dias felizes, quem parta das estações de hoje e quem parta das estações da infância. Há quem opte por não entrar no comboio ou quem mude de estação para partir. As partidas nem sempre são evidentes e dar passos para entrar neste comboio, pode doer.

Olhamos. Para a paisagem, imaginária e real. Para dentro de nós e para todos os passageiros desta viagem coletiva rumo a uma esperança, que se espera, que se encontra, nas estações improváveis, na poesia da viagem:


Instruções para viver uma vida:

Presta atenção.

Espanta-te.

Fala sobre isso.

Mary Oliver


Descansamos depois da viagem e, finalmente, juntos no mesmo destino, prestamos atenção. Lemos poesia. Escutamos a dúvida das palavras. Espantamo-nos uns com os outros. Com as estações de emoções comuns. Cuidamos das estações uns dos outros.

E agora? Como falamos sobre isto? 

Talvez o mundo lá fora ande demasiado apressado para apreciar a viagem ou distraídos das paragens que as estações convidam. Talvez o mundo olhe para nós sem prestar atenção, sem se espantar. 

Falamos sobre isto. Sobre o que podemos oferecer à sociedade apressada, das estações sem paragem. A quem olha mas não vê, quem não nos vê.

Oferecer. As estações das nossas vidas. Aquilo que mais precioso podemos oferecer: paisagens e paragens. O mapa de um caminho, incerto em estações, certo em destino. Oferecer. As estações mais completas, as mais centrais. As que ligam todos os caminhos. 

Foi assim que iniciámos um novo mapa de um caminho-de-ferro, um caminho-de-vida. Cada um escolheu a estação para oferecer, a quem quiser entrar na viagem. 

Pare. Escolha a sua estação.

Escute. O que lhe oferecemos.

Olhe. Para lá da paisagem. Para dentro, de nós.

Bem-Vindos à Esperança! 

Feliz Natal. 


Ana Silva I Armando Leite I César Cunha I Carlos Quintas I Diego Silva I Eduardo Abreu I Filipe Barros Pinto I Gustavo Pereira I Isabel Cardoso I Joana Morais e Castro I José Alves I Mariana Abranches Pinto I Nair Ramos I Sérgio Henriques I Sandro Lemos


Organização: ALBERG’ART – Albergues do Porto

Dinamização e Curadoria: Mariana Abranches Pinto, Joana Morais e Castro e Filipe Barros Pinto

Apoio: Museu Nacional Ferroviário – Núcleo Museológico de Lousado 

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