Número de pessoas sem-abrigo a crescer, associação ajuda-as a conseguir casa
- julianalobato
- 6 de nov.
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Notícia de SIC Notícias
Com 17 anos, José apanhou um avião para ir de Angola para Portugal. Estávamos em 1975. Sem documentos, foi vivendo nas ruas de Lisboa ou em centros de acolhimento temporários.
Sozinho, em pouco tempo cedeu ao vício. “Comecei a consumir haxixe”, explica. “Com o passar dos anos, descobri a cocaína e a heroína. Aí é que foi a desgraça.”
Ao fim de 12 anos, deixou os consumos, mas só há quatro é que conseguiu uma casa.
Como a casa de José, na área metropolitana de Lisboa, há mais 150 que a associação Crescer arrenda no mercado. Ainda que com maior dificuldade, tem garantido que dezenas de pessoas saem da rua.
O projeto apoia atualmente 170 pessoas em Almada, Loures e Lisboa. Só na capital, há mais de 3 mil pessoas em situação de sem-abrigo. A iniciativa envolve as autarquias, que ajudam a Crescer a suportar os custos até que os utentes ganhem independência e passem a pagar parte da renda.
É já o caso de Paulo, que vive agora perto do Castelo de São Jorge. Desde os oito anos que foi alternando entre viver na rua e em instituições. Tem conseguido fazer melhorias. Aos 51 anos, está a cumprir um dos sonhos: aprender a escrever.
São mais de 13 mil as pessoas em condição de sem-abrigo em Portugal. A tendência é de subida, ao mesmo ritmo do elevado custo de vida e da crise habitacional.
Quem ganhou novo fôlego, como José, que ajuda outros nesta associação, vai trabalhando para não o voltar a perder.
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